Mercado

Brasil vai questionar subsídios europeus na exportação de açúcar

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, confirmou que o Brasil vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), caso continue o impasse dos subsídios praticados pela União Européia nas exportações de açúcar. A intenção foi reafirmada em Atenas, durante uma reunião Pascal Lamy.

Lamy é o comissário do Comércio Europeu. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, o Brasil só recorrerá à Organização Mundial do Comércio se a Europa não apresentar alternativas ao impasse. Pascal Lamy reconheceu que há protecionismo europeu no setor, afirmando que já está em prática um esforço para se mudar essa política dentro da reforma que está em andamento, mas se não for assim, o comissário acredita ser muito difícil encontrar uma solução, já que a UE tem compromissos fechados com os países ACP (África, Caribe e Pacífico). De acordo com uma fonte diplomática brasileira, essa reforma não será implantada a curto prazo e o Brasil não está disposto a esperar por isso.

Assim, espera-se que a ida à OMC seja inevitável, comentou a fonte. De acordo com dados brasileiros, o açúcar nacional tem participação de 1,4% no mercado europeu, enquanto os países ACP entram com 94%. Essa discussão entre Brasil e UE foi iniciada em setembro, quando os brasileiros oficializaram o pedido de consulta na OMC pelos subsídios concedidos às exportações de açúcar vinda dos países ACP.

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