Produtores de açúcar, advogados e representantes dos governos do Brasil, Austrália e Tailândia se reúnem a partir de amanhã, em Genebra, para debater os detalhes sobre o processo que será aberto na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios da União Européia (UE).
A política de subsídios ao setor de açúcar de Bruxelas deverá ser denunciada na OMC pelos três países, que se sentem prejudicados diante da concorrência desleal dos europeus. Resta, porém, definir as bases jurídicas da queixa e acertar se, de fato, os tailandeses irão se aliar à Austrália e ao Brasil.
Os governos também deverão pedir um novo estudo sobre os danos econômicos que os subsídios europeus geram, o que serviria de prova para a OMC de que a política européia deva ser condenada. Segundo os produtores de açúcar do Brasil, ao subsidiar sua agricultura a UE acaba distorcendo o mercado mundial do produto. Um dos efeitos é a impossibilidade de o açúcar brasileiro competir de igual para igual com o produto europeu em terceiros mercados. Outro efeito da ajuda estatal européia é a queda nos preços internacionais do açúcar, prejudicando a renda do agricultor brasileiro que não é beneficiado por um subsídio como o europeu. (O Estado de S. Paulo)
