Mercado

Brasil terá US$ 14,8 bilhões em novo acordo com FMI

A diretoria-executiva do FMI (Fundo Monetário Internacional) aprovou na última sexta-feira (12), por unanimidade, a extensão do acordo com o Brasil.

O novo acordo –o primeiro do governo Luiz Inácio Lula da Silva– terá duração de 15 meses e deixará disponível ao Brasil uma linha de crédito de US$ 14,8 bilhões, sendo US$ 6,6 bilhões em recursos adicionais ao previsto pelo atual entendimento.

Isso representa um acréscimo de US$ 600 milhões em relação ao crédito que estava acertado anteriormente.

Além dos US$ 6,6 bilhões em dinheiro novo, foram disponibilizados outros US$ 8,2 bilhões do programa encerrado em setembro deste ano, e que não foram sacados pelo Brasil.

No início de novembro, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e a vice-diretora-gerente do FMI, Anne Krueger, anunciaram o novo acordo, que só foi aprovado agora.

Cauteloso

O diretor-gerente do FMI, Horst Koehler, disse que o Brasil continua cumprindo os critérios estabelecidos no acordo anterior e que o novo governo vem realizando “progressos importantes” na política econômica.

Mesmo assim, o FMI afirma que o Brasil continua vulnerável, especialmente às oscilações do mercado. A instituição também cita, por exemplo, as baixas reservas, estimadas em US$ 17 bilhões, como um ponto frágil do país.

A instituição também ressalta que é de extrema importância que o país consiga, em 2004, apresentar um superávit primário de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto).

Reformas

Para o FMI, é importante que sejam feitos progressos no setor público e que as reformas prossigam. A instituição cita as mudanças no sistema tributário, inclusive o fim da Cofins, como extremamente necessárias.

Além disso, o FMI ressalta que é necessário estimular o crescimento. As prioridades, segundo o FMI, são reduzir o “spread” bancário e melhorar o ambiente para a realização de negócios.

A burocracia para realizar negócios também foi citada como um dos problemas que impedem o desenvolvimento da economia brasileira. O FMI afirma as reformas também poderiam ajudar a reduzir as barreiras para o comércio internacional.