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Brasil terá que importar etanol de milho dos Estados Unidos

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Desde 17 de outubro, Waldyr Barroso é o novo diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. O representante, que está na ANP desde 2005 e exerceu o cargo de superintendente de Refino e Processamento de Gás Natural e Produção de Biocombustíveis, avaliou os desafios que o setor sucroenergético enfrentará.

Em curto prazo, ele afirma que o Brasil terá que importar etanol de milho dos Estados Unidos. “Os americanos utilizam o milho como matéria-prima para produção de etanol, cujos preços são altamente influenciados pelo mercado mundial, definindo a oferta americana de etanol. Segundo o USDA – Departamento de Agricultura dos EUA, a próxima safra de milho deverá ser recorde, aumentando a disponibilidade da matéria-prima no país, acarretando em preços competitivos do etanol. Dessa forma, é possível que haja a importação do produto para atender à crescente demanda no Brasil, especialmente na entressafra, quando a oferta de etanol é menor”.

Considerado o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, o Brasil tem também a maior frota flex, o que, por si só, evidência a falta de políticas públicas ao biocombustível.

Sobre o quanto o país pode importar, Barroso aponta. “Com a expectativa da produção um pouco maior que a da safra passada deverá ocorrer uma importação abaixo dos 100 milhões de litros de etanol para a próxima entressafra”.