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Brasil produzirá álcool de celulose

O Brasil, maior produtor mundial de etanol, poderá iniciar sua produção comercial do combustível a partir da celulose da cana já a partir de 2012, disse José Luiz Olivério, vice-presidente operações da Dedini SA.

A Dedini, a maior construtora mundial de usinas de processamento de cana-de-açúcar, já está produzindo o biocombustível em quantidades pequenas a partir do rejeito que sobra após a extração do caldo da cana, disse Olivério durante seminário da F.O.Licht em São Paulo. A Dedini está fabricando etanol de celulose de cana ao mesmo preço que o etanol fabricado a partir do caldo da cana, disse ele.

A Dedini pretende começar a construir usinas comerciais para a fabricação de etanol de celulose dentro de cinco anos, o que permitirá aos produtores tirar proveito dos rejeitos da planta, ricos em celulose e são conhecidos como bagaço, para aumentar a produção do biocombustível.

A novidade permitiria que o Brasil aumentasse a quantidade de etanol que pode ser obtida a partir de sua safra de cana-de-açúcar, processo que já é o mais barato do mundo, além de ser a fonte mais produtiva do biocombustível por hectare.

Em seu primeiro projeto experimental, a Dedini produz 100 litros de etanol a partir de bagaço da cana por dia ao preço aproximado de R$ 0,25 por litro, o mesmo valor que o do etanol fabricado a partir do caldo da cana, segundo Olivério.

As usinas comerciais de maior porte que a empresa pretende começar a construir dentro de cinco anos terão capacidade para produzir 50 mil litros diários.