Apesar da estiagem que atingiu a safra de cana brasileira nos últimos tempos e a de milho norte-americana, os dois países ainda vivem situação distinta em relação a mistura utilizada na gasolina e o Brasil sai na frente nesse sentido. Enquanto o governo brasileiro admite um aumento na mistura de 20% para 25%, nos Estados Unidos a maior parte da gasolina ainda contém 10% de etanol de milho. Naquele país, a briga seria para um aumento para 15%.
O diretor da Agência Nacional de Petróleo, Helder Queiroz, acaba de admitir à imprensa a mudança para 1º de junho de 2013, ou sua antecipação caso tenha volume suficiente para suprir a demanda na próxima safra canavieira.
Em contra partida, ajustiça americana considerou improcedentes há cerca de um mês, os questionamentos sobre a decisão da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) de permitir misturas maiores de etanol na gasolina no país. Por dois votos a um, o Tribunal de Apelação do Distrito do Circuito de Columbia revelou que nenhuma das partes tinha o direito legal de questionar a decisão da EPA.
Em 2009, fabricantes de etanol pediram que a EPA permitisse o uso de misturas com 15% do biocombustível como forma de expandir seu mercado. A agência concedeu uma vitória parcial ao setor quando aprovou o chamado combustível E15 para uso em veículos fabricados a partir de 2001.
Em nota, a EPA disse que “a decisão e as medidas anteriores não exigem o uso ou a venda de E15 e que vai continuar a trabalhar com acionistas para garantir uma transição tranquila enquanto as empresas decidem se vão introduzir o E15 no mercado”. Apesar da decisão judicial, não está clara a abrangência da adoção do combustível E15 no país.
Mas enquanto isso, forças contrária ao uso de etanol de milho, devido a seca severa que atingiu grandes fazendas da cultura este ano e provocará uma possível falta do grão, lutam para eliminar o uso do combustível enquanto a situação não esteja plenamente normalizada.