As ultracentrífugas desenvolvidas no Brasil e que estão por entrar em operação comercial, podem produzir urânio enriquecido a preços ultracompetitivos.
Segundo fonte internacional, os preços do urânio, elemento empregado na geração de 16% da energia elétrica mundial, poderão subir 25% este ano, diante da diminuição dos estoques do combustível nuclear e da construção de reatores na China, Índia e Rússia, que precisarão ser abastecidos.
Segundo relatório divulgado em setembro de 2004 pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), os estoques comerciais do combustível caíram 50% entre 1985 e 2003 porque a produção das minas não foi suficiente para acompanhar a demanda.
A expansão das minas poderá não atender à demanda, elevando os preços das ações de mineradoras de urânio.
A China está para licitar um contrato de 87 bilhões de dólares para a construção de quatro reatores do maior programa de construção de usinas nucleares do mundo. O país pretende construir 27 centrais para atender à meta de quintuplicar a produção de energia nuclear até 2020, para 36 mil MW, segundo a Associação Nuclear Mundial (WNA). Igualmente, a Índia quer construir até 31 reatores para aumentar oito vezes sua capacidade de geração nucleoelétrica até 2020, para 20 mil MW, e a Rússia planeja construir 25 novos reatores até 2020, mais do que duplicando sua capacidade, que passará a 50 mil MW, ainda segundo a WNA.
De acordo com o boletim “Alerta em rede”, o Brasil, que detém até o presente a sexta maior reserva de urânio do mundo com apenas metade do território nacional prospectado, tem todas as condições de disputar o milionário e estratégico mercado de combustível nuclear, perspectiva que vem incomodando as altas esferas do Establishment anglo-americano. (Fonte: Alerta em rede)