A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) celebra o acordo firmado entre Brasil e Japão, que propuseram, durante a 1ª Reunião Ministerial sobre Combustíveis Sustentáveis em Osaka, a meta de quadruplicar até 2035 o uso global dos biocombustíveis e de outras rotas sustentáveis.
O encontro reuniu ministros e delegados de 34 países e organizações internacionais e representou um passo relevante da cooperação internacional para acelerar a transição energética e a descarbonização da economia.
Com cinco décadas de experiência no uso do etanol como combustível, o Brasil já evitou a emissão de cerca de 730 milhões de toneladas de CO₂ desde o advento do carro flex, em 2003. Esse histórico posiciona o setor sucroenergético brasileiro de forma estratégica na construção de soluções energéticas de baixo carbono em escala global.
“O acordo abre caminho para ampliar o impacto positivo de soluções já consolidadas, como etanol e biodiesel, e impulsionar novas rotas como biogás, biometano e SAF (combustível sustentável de aviação)”, afirma Evandro Gussi, presidente da UNICA.
Brasil na COP30 em Belém
Segundo ele, o Brasil reúne condições únicas de contribuir para o cumprimento da meta, seja pela escala de sua produção, pela infraestrutura já instalada ou pelo modelo de política pública que combina segurança energética, inovação e sustentabilidade.
“Esse compromisso ganha ainda mais relevância diante da COP30, em Belém, quando o Brasil terá a oportunidade de mostrar ao mundo sua contribuição decisiva para a transição energética global”, completa Gussi.
A UNICA reforça que a iniciativa Brasil-Japão amplia o espaço para que a bioenergia se consolide como vetor central da descarbonização, e mostra que a cooperação internacional pode acelerar resultados em setores críticos, como transporte pesado, aviação e indústria.