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Brasil inspira Suécia

A Suécia é o primeiro país europeu a adotar o modelo brasileiro do biocombustível e já anunciou que estará independente do petróleo até 2020. Hoje, mais de 10% do combustível consumido no país são à base de biodiesel e etanol. Segundo Luís Carlos Carvalho, da Câmara do Açúcar e do Álcool, os planos suecos terão impacto nas exportações brasileiras:

— Já exportamos 250 milhões de litros de biocombustível para a Suécia e poderemos exportar ainda mais quando a meta de independência do petróleo começar a se concretizar.

Representantes do governo e de associações econômicas, que participaram em Berlim da reunião da Comissão Mista Brasil-Alemanha para Cooperação Econômica, também vêem a Alemanha como capaz de generalizar o uso do biocombustível na Europa. O país já o mistura ao diesel e tem diversos postos que vendem apenas biodiesel. Ano que vem, os alemães vão adicionar o biocombustível à gasolina.

Além de tratar de combustível, o Brasil entregou uma lista com cinco mil nomes, como rapadura e escapulário, pedindo que estes não sejam registrados na Europa. Segundo o comunicado, a agência alemã de patentes, a DPMA, respeitará os nomes como pertencentes à biodiversidade brasileira. No encerramento da reunião, o vice-ministro alemão da Economia, Bernd Pfaffenbach, afirmou que a economia brasileira inspira hoje muita confiança:

— O superávit da balança comercial é solido, a taxa de crescimento é boa e a inflação está sob controle.