O Nordeste brasileiro comprou no final de 2009, uma quantidade entre 30 a 60 mil m³ de etanol de milho dos Estados Unidos fora de especificação. Este etanol chegou ao país contaminado, ou seja, misturado com gasolina. A informação é de Salmeron Ratsbone, operador de mercado da União Corretora, que explica ainda que não sabe o destino que tomou esse produto. “O etanol de milho contaminado precisava passar por um processo de refino na usina e não foi isso que aconteceu. Depois de processado o etanol poderia ser reexportado via “dual back””, reforça.
Essa compra aconteceu para o Nordeste, segundo ele, porque a logística mais viável era para essa região e também por questões de preços atrativos. “Na época, o litro do etanol de cana estava na usina brasileira do Centro-Sul, R$ 1,20 a 1,30 e como o Nordeste é importador, chegaria lá a R$ 1,40 a R$ 1,50. O litro do produto de milho importado chegaria na região a R$ 1,20 a R$ 1,25, com uma diferença média de R$ 0,20 por litro”, lembra.
De acordo com Ratsbone, hoje a importação não é compensadora já que o galão de etanol de milho norte americano está muito mais caro do que o produto nacional.