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Brasil é prioridade na ajuda alemã

A Alemanha concentra sua ajuda ao desenvolvimento em países estratégicos, como Brasil, Índia e África do Sul, com a intenção de que estendam a seus vizinhos mais pobres sua experiência em áreas como a luta contra a aids e o acesso às energias renováveis, destaca um relatório do governo alemão, divulgado ontem em Berlim. A ministra de Cooperação Econômica e Ajuda ao Desenvolvimento, Heidemarie Wieczorek-Zeul, apresentou o documento.

A cooperação com esses países “é uma estratégia essencial” da política de desenvolvimento alemã em áreas como proteção do clima, o comércio e energias renováveis, destacou. A ministra reiterou o compromisso de aumentar a ajuda alemã ao desenvolvimento para 0,33% do Produto Interno Bruto em 2006 para alcançar a meta internacional de 0,7% em 2015.

A ajuda foi, em 2004, de 0,28% (cerca de € 6 bilhões), pouco mais do que a de 0,26% de 1998, quando a ministra assumiu o cargo. Wieczorek-Zeul lembrou que nos 16 anos do governo de Helmut Kohl, a ajuda caiu de 0,47% em 1982 para 0,26% de 1998. “Nossa ajuda ao desenvolvimento de um ano custa o mesmo que um mês dos soldados no Iraque”, disse, e pediu a redução das despesas militares em favor da ajuda.

No caso da A. Latina, a ajuda alemã sempre se voltou para a meta de reduzir a pobreza em programas, como os de escolarização em Honduras, construção de casas em El Salvador, canalização de água em Peru, Bolívia e Nicarágua.