Empresários brasileiros e paquistaneses precisam se aproximar, para criar oportunidades de negócios. Foi nessa tecla que bateram os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e do Paquistão, Pervez Musharraf, durante encontro que tiveram ontem. O encontro empresarial Brasil-Paquistão que se realiza hoje em São Paulo e a visita à fábrica da Embraer são duas iniciativas de Musharraf para tentar mudar esse quadro. “Os números do comércio bilateral são muito baixos, muito pequenos”, afirmou o secretárioexecutivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Márcio Fortes. Ao longo dos últimos cinco anos, a troca de mercadorias ficou na casa dos US$ 50 milhões ao ano. Ele observou, porém, que há possibilidade de o Brasil transferir tecnologia para fabricação de álcool, pois o Paquistão é produtor de cana-de-açúcar. “As possibilidades são muitas, mas existe a necessidade de aproximação empresarial”, comentou Fortes. Os paquistaneses também estão interessados em comprar couro semiprocessado para fabricação de bolsas e calçados. Petróleo, energia e algodão são outras áreas onde poderá haver cooperação. Última de uma série de sete visitas de Estado ocorridas em novembro, a reunião de Lula com Musharraf foi a menos concorrida de todas. Apenas um ministro titular – o das Relações Exteriores, Celso Amorim – participou da reunião com a equipe paquistanesa. Também estava na reunião o ministro interino do Planejamento, Nelson Machado. Márcio Fortes representava o ministro Luiz Fernando Furlan. Foram assinados quatro documentos: umtrata da cooperação no combate ao narcotráfico, outro da cooperação na área de combate à fome, um terceiro criaummecanismo para que os dois países se consultem sobre temas que sejam de interesse mútuo e um quarto garante que um diplomata brasileiro não precise de visto para entrar no Paquistão e viceversa. Musharraf veio ao Brasil numatentativa de dar mais visibilidade ao seu país, depois de iniciado o processo de reconciliação com a Índia, após mais de meio século de disputas pela região da Caxemira. “Para aplaudir são necessárias duas mãos.A nossa está estendida”, comentou o paquistanês.Aatitude foi elogiada por Lula. “O processo de reconciliação com a Índia, que Vossa Excelência pôs em marcha, juntamente com os governantes indianos, tem as marcas de um homem de Estado”, discursou. “O impacto desse gesto para a estabilidade no coração da Ásia e para a segurança internacional tem sido extraordinário.” Brasil e Paquistão são atualmente membros rotativos do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, o Paquistão não apóia a tese que são necessárias novas cadeiras permanentes no Conselho, como defende o Brasil. Nessa discussão, o governo brasileiro é aliado da Índia, que também pleiteia uma vaga permanente.
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Brasil e Paquistão querem mais oportunidade de negócio
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