O Brasil tem potencial para produzir pelo menos 5 bilhões de litros de etanol de segunda geração por ano em 2025, mas para isso acontecer, será necessário que o país crie políticas que estimulem o desenvolvimento do setor e que sejam feitos investimentos para adaptar as usinas existentes.
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Os dados são do relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
O estudo mostra perspectivas estimados para a produção de etanol de segunda geração no Brasil até 2025. As previsões levam em conta um cenário em que as políticas públicas sejam implementadas, a fim de incentivar a produção e o consumo de etanol 2G, e onde os preços do petróleo permaneçam acima de US$ 60 por barril.
Neste cenário, em que 80 por cento das usinas com as características exigidas começam a adotar tecnologias de curto prazo para produzir etanol 2G, seria possível produzir anualmente 5 bilhões de litros de etanol 2G até 2025.
Os mandatos de biocombustíveis estabelecidos nos Estados Unidos e na Europa têm desempenhado um papel importante para o desenvolvimento de biocombustíveis de segunda geração no Brasil, por aumentar a demanda. No entanto, o país ainda não definiu metas internas para o consumo de etanol 2G.
Segundo o relatório, os incentivos dos mercados americanos e europeus foram importantes para atrair investimentos em etanol celulósico, mas a estagnação dos rendimentos industriais e agrícolas de etanol de primeira geração.