Mercado

Brasil desponta como polo de investimentos sustentáveis e inovação

Debates em fórum empresarial destacam reformas estruturais e sustentabilidade como pilares do crescimento brasileiro

Especialistas destacam sustentabilidade e reformas estruturais como motores para o desenvolvimento econômico (Divulgçaão LIDE)
Especialistas destacam sustentabilidade e reformas estruturais como motores para o desenvolvimento econômico (Divulgçaão LIDE)

No 23º Fórum Empresarial LIDE, realizado de 15 a 17 de agosto no Hotel Fairmont Copacabana, no Rio de Janeiro, especialistas do setor financeiro, economistas e empresários se reuniram para discutir o potencial do Brasil como um dos principais destinos de investimentos globais. O evento, que incluiu uma série de painéis, explorou a importância da inovação e da responsabilidade ambiental no ambiente de negócios, apontando para a necessidade de uma agenda sustentável.

O painel “Economia do Brasil e Sua Atratividade para Investimentos”, mediado por Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos e presidente do LIDE Economia, abordou os desafios e oportunidades que o país enfrenta para consolidar sua posição no cenário econômico mundial. Participaram do debate Maurício Quadrado, Presidente do Banco Master Investimento; Alexandre Birman, CEO do Grupo Azzas; Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos; Leonardo Lobo, Secretário da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro; e Nicola Miccione, secretário-chefe da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro.

Maurício Quadrado iniciou a discussão destacando o papel do Brasil como uma potência verde, especialmente no que se refere à geração de energia renovável. Ele enfatizou que mais de 10% da eletricidade do país já é gerada por parques eólicos no Nordeste, e que o Brasil ocupa a 13ª posição mundial na produção de energia solar.

“O Brasil tem condições excepcionais para se tornar líder em sustentabilidade, com polos de produção de hidrogênio verde, etanol, biogás e outros biocombustíveis espalhados pelo território”, afirmou Quadrado, ao citar o projeto de um polo de hidrogênio verde em construção no Ceará.

Alexandre Birman, CEO do Grupo Azzas, destacou a possibilidade de o Brasil se tornar um exportador global de moda sustentável, utilizando seu status de maior produtor de algodão e couro do mundo. Birman acredita que o país pode ir além da simples exportação de matérias-primas, adotando práticas de economia circular e posicionando-se como líder nessa agenda global.

Zeina Latif, economista, abordou a necessidade urgente de reformas políticas que possam impulsionar o desenvolvimento econômico e reduzir o desemprego estrutural. Latif destacou a educação como fator-chave para a criação de empregos qualificados e para o crescimento sustentável do Brasil. Segundo ela, o país precisa aproveitar as oportunidades atuais para estabelecer bases sólidas para o futuro.

Nicola Miccione, secretário-chefe da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro, ressaltou a importância de uma maior colaboração entre o setor público e privado para reduzir burocracias e melhorar o ambiente de negócios. Ele destacou os avanços do estado do Rio de Janeiro em termos de segurança jurídica e licenciamento, o que contribuiu para uma melhor classificação do estado nos rankings de atratividade para investimentos.

Encerrando o painel, Caio Megale observou que, apesar das incertezas no cenário internacional, o Brasil continua sendo um destino atraente para investimentos, especialmente por sua capacidade de fornecer commodities e energia renovável em grande escala. Megale destacou ainda que, do ponto de vista institucional, o Brasil está em uma posição vantajosa em comparação com outros países emergentes, o que reforça sua atratividade para o capital internacional.

(Com informações LIDE)