A BP Biocombustíveis anunciou que vai investir R$ 50 milhões em projeto de cogeração de energia com bagaço de cana na usina Tropical, localizada em Edeia (GO). Esta é a única das três unidades da empresa que não possui produção de energia. A usina goiana, com capacidade para moer 2,5 milhões de toneladas de cana por safra, vai ter capacidade para exportar 170 Gigawatts/hora (GW/h).
Com esse projeto, diz o presidente da BP Biocombustíveis, Mario Lindenhayn, a empresa conseguirá em 2013 exportar o equivalente a 510 Gigawatts/hora (GWh), ante os 340 GW/h que serão cogerados neste ano.
A BP Biocombustíveis vai processar nesta safra 2012/13 5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em suas três usinas brasileiras, 11% mais do que os 4,5 milhões de toneladas processadas no ciclo anterior, o 2011/12.
Segundo Lindenhayn, o avanço se deve aos investimentos que vêm sendo feitos em canaviais — até agora foram R$ 160 milhões. “Estamos triplicando o plantio em 2012. Muito dessa cana está sendo usada para fazer mudas para continuar a expansão das áreas. Caso contrário, a moagem seria maior”, disse Lindenhayn.
A previsão é que nesse ano a produção de açúcar da BP Biocombustíveis seja de 350 mil toneladas e a de etanol de 200 milhões de litros. A produção de eletricidade a partir do bagaço de cana deve atingir 340 Gigawatts/hora.
No fim da manhã de hoje, a BP Biocombustíveis anunciou que vendeu os ativos e os canaviais do projeto de Campina Verde (MG) para a multinacional americana Bunge. O valor da transação não foi informado.
(Fabiana Batista | Valor)