O clima mais calmo no cenário político aliviou o mercado acionário e a Bolsa de Valores de São Paulo fechou com alta de 1,28%, aos 28.319 pontos. Na semana, a Bovespa acumulou ganhos de 4,5%.
O movimento no mercado hoje foi bem mais tranqüilo do que nas últimas sextas-feiras. Segundo analistas, foi um dia sem rumores e com poucas expectativas em relação ao noticiário político do final de semana.
Para Carlos Alberto Abdalla, da corretora Souza Barros, com o processo de cassação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) a crise política “parece estar se acomodando favoravelmente ao governo”.
Outro fator que serviu para tranqüilizar o mercado foi a queda do preço do petróleo. O barril da commodity para entrega em outubro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, encerrou o dia cotado a US$ 67,57, em baixa de 2,73%.
Os 26 países-membros da IEA (sigla em inglês para Agência Internacional de Energia) concordaram hoje em liberar petróleo de suas reservas estratégicas para evitar a escassez de combustível nos EUA devido às perdas de produção com o fechamento das plataformas e refinarias do golfo do México, atingidas pelo furacão Katrina.
Das 57 ações que fazem parte do Ibovespa –principal índice da Bolsa paulista–, a maior alta hoje ficou com a ação preferencial da siderúrgica Gerdau, de 5,44%.
Segundo analistas, especulações de que a siderúrgica seria beneficiada com o aumento da demanda por conta da reconstrução de áreas afetas pelo furacão Katrina impulsionaram os papéis da empresa, que tem fábricas nos EUA.
O volume financeiro da Bovespa somou R$ 1,648 bilhão no dia, acima da média diária registrada em agosto (R$ 1,606 bilhão).