O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou lucro de R$ 1,4 bilhão no primeiro semestre deste ano, resultado composto principalmente pela constituição de créditos tributários, no valor de R$ 907,8 milhões, e pelo desempenho positivo da carteira de renda variável, no montante de R$ 428 milhões.
O lucro neste semestre é 35% maior do que o resultado alcançado durante todo o ano de 2003, R$ 1,037 bilhão, que havia sido recorde na história do BNDES. No primeiro semestre do ano passado, por causa da constituição de provisões para financiamentos inadimplentes, principalmente relacionados ao Grupo AES, o Banco havia registrado prejuízo de R$ 2,401 bilhões.
O patrimônio líquido nos primeiros seis meses de 2004 atingiu R$ 14,4 bilhões, com crescimento de 11,62% em relação ao resultado do ano de 2003, que totalizou R$ 12,9 bilhões. Com esta performance, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido alcançou 10,5% no período.
Neste semestre, o índice de adequação de capital (Índice de Basiléia) registrado pelo BNDES foi de 16%, contra os 11% exigidos. O índice de exposição ao setor público fechou em 30%, inferior ao limite de 45%.
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Os ativos totais do sistema BNDES somaram R$ 165,3 bilhões, sendo 78,1% constituídos pela carteira bruta de financiamentos e repasses. Houve crescimento de 8,67% em relação ao ano de 2003, no qual os ativos totais haviam atingido R$ 152,1 bilhões.
O Banco fechou os primeiros seis meses de 2004 com boa qualidade da carteira de financiamentos, apresentando 91% dos créditos nos níveis de risco AA e B, contra 82% dos bancos privados e 73% dos bancos públicos. Os créditos inadimplentes, que haviam fechado o ano de 2003 em 3,1% da carteira total, caíram neste semestre para 0,9%.
O saldo da Provisão para Risco de Crédito atingiu nestes seis meses R$ 3,7 bilhões, o que representa 323,7% em relação à carteira de créditos inadimplentes, indicando que o montante provisionado é mais do que suficiente para cobrir possíveis perdas.
