Auditores do Ministério do Trabalho e Emprego flagraram centenas de cortadores de cana trabalhando em condições precárias de higiene e segurança em blitze realizadas ontem em usinas de álcool e propriedades rurais da região Noroeste do Estado de São Paulo.
Os fiscais constataram a falta de sanitários, de água fresca e marmitas térmicas, além da ausência de equipamentos de seguranças, de registro em carteira de trabalho e de veículos apropriados para o transporte dos trabalhadores.
Foi o que aconteceu em Fernandópolis, com 180 cortadores de cana da usina Álcool Oeste. Eles não tinham sanitário, água fresca e marmitas térmicas para a alimentação. No mesmo município, outros 105 cortadores de cana trabalhavam sem registro em carteira na fazenda São Manuel, fornecedora da Álcool Oeste.
Outras irregularidades idênticas e semelhantes foram encontradas nas usinas Vale do Rio Turvo, em Onda Verde; Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool, em Icem; e Petribu Paulista, em Sebastianópolis do Sul, que, juntas, empregam juntas mais de 5 mil trabalhadores.
Na Petribu, por e não tinham água fresca para beber.
DESRESPEITO
O coordenador do Grupo Estadual de Fiscalização Rural, Roberto Martins de Figueiredo, disse que a situação é triste, pois tanto desrespeito à lei só pode significar que os usineiros e proprietários rurais têm a certeza da impunidade, mas, agora, terão de cumprir a lei.
Os responsáveis pelas usinas e proprietário da Fazenda São Manuel foram notificados a comparecer amanhã na Subdelegacia Regional do Trabalho de São José do Rio Preto para legalizar os trabalhadores.