O diretor Comercial da Biosev, Enrico Biancheri, comentou nesta terça-feira, 20, que a companhia considera, em seus cenários de mercado, uma recuperação na produção global de açúcar na safra 2017/18, que no mundo se inicia em setembro do próximo ano. “Mas há o risco de ainda termos algum déficit, caso os preços do açúcar caiam a níveis que estimulem o produtor brasileiro a fabricar etanol”, ponderou ele, durante reunião com analistas e investidores, em São Paulo.
De acordo com Biancheri, na atual temporada, que começou em outubro, o déficit global de açúcar pode variar de 4,6 milhões a 7,9 milhões de toneladas. Já para o ciclo seguinte, as projeções variam de déficit de 3,4 milhões a superávit de 2,3 milhões de toneladas.
Com relação aos preços da commodity, Biancheri ressaltou que a tendência ainda é de alta. Conforme as projeções apresentadas, as cotações da commodity na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) devem sair de uma média de 16,6 centavos de dólar por libra-peso em 2015/16 para 21,30 centavos de dólar em 2016/17, com a relação entre estoques e consumo caindo de 42% para até 37%.
“Estamos com a produção (mundial de açúcar) estagnada há cinco anos, mas com crescimento de consumo de 3 milhões a 4 milhões de toneladas por ano, puxado pelo Sudeste Asiático e pela África”, disse o executivo. Segundo ele, a demanda pelo alimento deve sair dos atuais 172 milhões de toneladas para 189 milhões até a temporada 2019/20.
As informações são da Agência Estado.