Na tarde de ontem, foi anunciado oficialmente o novo nome da Biopav, que agora é Usina Revati. O termo, na linguagem indiana, significa “doce” e a palavra também representa a 27ª constelação da milenar astronomia hindu, associada ainda à água, chuva e fertilidade. A Shree Renuka Sugars, principal acionista da usina, é um dos maiores grupos indianos do setor sucroenergético e um dos maiores fornecedores de açúcar e etanol da Índia.

Na tarde desta quinta-feira a empresa anunciou oficialmente investimentos de R$ 226 milhões na expansão da Revati. A capacidade de moagem de cana da unidade deverá dobrar até 2012, passando dos 3,5 milhões de toneladas atuais para 6 milhões de toneladas.

As usinas Equipav (Promissão/SP) e Biopav têm capacidade de moagem de 10,5 milhões de toneladas por ano e cogeração de energia elétrica de 203 MW. No final de junho deste ano, a Renuka comprou por R$ 450 milhões, 50,34% da ações da Equipav Açúcar e Álcool, que é a proprietária das duas usinas. Formado em 1998, o grupo possui oito usinas de açúcar, três destilarias, instalações de cogeração de 173 MW e duas refinarias com aproximadamente 11% do mercado indiano. A empresa iniciou os investimentos no Brasil em novembro de 2009, quando adquiriu 100% da paranaense Vale do Ivaí Açúcar e Álcool.

Para Wagner Rossi, ações como essa demonstram a importância do setor e a confiança em investimentos no Brasil. Ele comentou que governo e iniciativa privada têm cumprido bem o papel de disseminação dos biocombustíveis como fonte de energia limpa e renovável.

Para o ministro de Agricultura da Índia, Sharad Pawar, este investimento deveria ser seguido por outras culturas. “Este tipo de parceria é muito importante para a agricultura, já que a cana é uma importante fonte de renda”, lembra.