O clima é de otimismo no setor de geração de energia à biomassa após o cadastramento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta semana para o Leilão de Energia de Reserva 2010, que deve ser realizado em junho. No total, a EPE inscreveu 478 empreendimentos, sendo 399 da fonte eólica; 55 de bagaço de cana; dois de resíduo de madeira; quatro de capim elefante; e 18 Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs).
Segundo Zilmar José de Souza, assessor de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), as expectativas foram superadas. “Isso mostra o vigor do segmento [de cana-de-açúcar] em corresponder às necessidades do setor elétrico”, disse.
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A geração a partir da biomassa ofertou 3.706MW, atrás das eólicas (10.569MW), e à frente das PCHs (255MW). Do montante da energia de biomassa, o bagaço de cana tem disponível 3.518MW a oferecer. “Se todo esse potenci! al [3.518MW] fosse contratado pelo governo, a biomassa corresponderia a 70% do que é fiscalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica [Aneel]”, explicou o assessor.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, há 4.806MW fiscalizados e instalados no setor sucroenergético.O especialista acredita que empresas grandes do setor sucroenergético constam no cadastramento. “É natural que [os empreendimentos] vejam como projetos importantes para o portfólio”, contou.
