Da mesma maneira que a cana-de-açúcar é atualmente a grande locomotiva do agronegócio brasileiro, a soja poderá desempenhar um papel fundamental, a médio e longo prazo, por causa da produção do biodiesel. Essa opinião é do consultor José Zílio, da ALF Internacional, que fez a palestra “Processamento e utilização de soja: perspectivas brasileiras e globais”, no IV Congresso Brasileiro de Soja, promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Londrina. PR.
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Segundo ele, o Brasil deveria deixar de ser exportador de óleo de soja para produzir biodiesel, atendendo assim a grande demanda por combustíveis. Com essa medida – de acordo com o consultor – o mercado internacional melhoraria a remuneração da soja e do farelo, o que acabaria refletindo no aumento do preço e da renda do produtor. Zilio observou, no entanto, que a soja pode ser uma solução temporária para a fabricação de biodiesel, pois outras oleaginosas, como palma, girassol, algodão, mamona devem ser incentivadas. Ele lembrou inclusive que a soja possibilita a produção em média de 600 quilos de óleo vegetal por hectare, enquanto o dendê proporciona um rendimento de quatro toneladas.
