Nos últimos meses o desenvolvimento de biocombustíveis para a aviação confirmam uma tendência irreversível para a indústria aeronáutica, que cada vez mais tem procurado alternativas para redução de dióxido de carbono (CO2), segundo Alfred Szwarc, consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).
Szwarc confirma que orecente encontro em Washington dos presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e dos Estados Unidos, Barack Obama, mostra a importância do tema. “A assinatura de um memorando na área de aviação civil, para viabilizar parcerias, investimentos e discussões na área de regulação, meio ambiente e céus abertos, é importantíssimo também para o setor sucroenergético brasileiro,” afirma Szwarc.
No inicio de abril de 2012, a brasileira Embraer e a americana Boeing anunciaram um acordo de cooperação mútua para a melhoria de eficiência operacional, segurança e produtividade de aeronaves. As duas companhias já haviam se comprometido, em julho de 2011, com o financiamento e análise para produção de combustível de aviação a partir da cana-de-açúcar. “AEmbraer tem um claro compromisso com a inovação lato sensu, bem como com a segurança e a eficiência na aviação,” afirmou Frederico Curado, presidente da Embraer, sobre a cooperação mútua com a Boeing. “Tenho certeza que a colaboração com a Boeing em assuntos de ponta será benéfica para a indústria e estreitará as relações entre Brasil e EUA.”
Em outubro de 2011, a Boeing, Embraer e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) anunciaram uma carta de intenção para colaborar em pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis para aviação. Por esta carta, as companhias aéreas Azul, GOL, TAM e Trip atuariam como consultoras estratégicas do programa.
Outro acordo de cooperação mútua, desta vez envolvendo a Airbus, a Boeing e a Embraer, foi selado em Paris em 22/03 deste ano, e prevê o desenvolvimento de biocombustíveis para aviação com custos econômicos acessíveis e desempenho similar aos de origem fóssil. Seriam os chamados combustíveis “drop-in,” que substituem os convencionais sem necessidade de ajustes significativos nos motores ou turbinas que vão utilizá-los.