Quando os participantes da indústria de óleo de palma seguirem para a Malásia na próxima semana em seu evento mais esperado do ano, um tópico deve dominar as discussões: biocombustíveis.
Desde a alta dos preços dos combustíveis a níveis recordes na segunda metade de 2005, o otimismo quanto ao potencial de utilização do óleo de palma como fonte alternativa de energia aumentou. Nos últimos meses, importantes players do setor – tanto público como privado – lançaram planos para a construção de fábricas para converter a commodity em biocombustível.
Com os preços do petróleo oscilando em torno de US$ 60 por barril, os biocombustíveis devem dominar a pauta da conferência anual realizada pela bolsa de derivativos da Malásia, que ocorrerá entre os dias 22 e 24 de fevereiro.
Esta também é a opinião de Derom Bangun, presidente da Associação dos Produtores de Óleo de Palma da Indonésia, que durante a conferência vai falar sobre a tendência dos preços da commodity ao longo deste ano. Dorab Mistry, diretor da consultoria britância Godrej International Ltda também participará da conferência.
O apoio do governo malaio e a projeção de consumo de biocombustível na Europa são fatores que incentivam o setor. Entretanto, no curto prazo, o elevado nível do estoque de óleo de palma pressiona as cotações nos mercados. Na Malásia,grande produtor mundial, o volume estocado está acima de 1,5 milhão de toneladas, importante nível psicológico.
A produção de óleo de palma deve ter crescimento moderado no ano, o que deve ajudar a limitar o volume dos estoques. No ano passado, a produção cresceu 7% para 15 milhões de t. As informações são da Dow Jones.