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Biocombustíveis líquidos têm sinal verde da ONU

O painel da Organização das Nações Unidas (ONU) que avalia Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) aprovou a inclusão de projetos de biocombustíveis líquidos, que incluiria o etanol, informou o subsecretário-geral de Energia e Alta Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, embaixador André Amado. “As Nações Unidas acabaram de aprovar uma metodologia de biocombustíveis líquidos como base para os MDL. Poderão ser utilizados projetos que incluem biocombustíveis líquidos para transporte, o que é nosso pulo do gato”, disse o embaixador, acrescentando que esse seria mais um dos temas que o Brasil levará para a conferência do clima de Copenhague.

Os MDL foram criados para permitir investimentos em projetos de energia em países em desenvolvimento que signifiquem reduções de emissões de carbono na comparação com sistemas tradicionais. Essas reduções, posteriormente, são certificadas por um painel da ONU, o que permite que os investidores nesses projetos mais limpos de energia possam gerar créditos de carbono e vendê-los no mercado.

Usinas de açúcar e álcool no Brasil, por exemplo, até o momento geram créditos apenas com projetos sobre unidades de produção de energia elétrica com queima do bagaço. Projetos de transporte utilizando biocombustíveis não entravam no escopo dos MDLs.

Amado considera que a decisão fortalece a política do Brasil de tentar aumentar o número de produtores de etanol no mundo.