Modelos bicombustíveis, que atualmente representam 66% dos carros novos vendidos no Brasil, devem chegar a 100% até 2008. A estimativa é de Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), pesquisador, consultor de empresas e ex-assessor da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Pires fez essa afirmação durante palestra a produtores de açúcar e álcool na sede do Sindaçúcar-AL, no dia 18 de novembro.
De acordo com o pesquisador, os carros flex fuel serão um dos diferenciais para impulsionar o mercado de álcool combustível. A viabilidade ecológica (por ser combustível mais limpo) e os altos preços do petróleo – que não devem baixar, segundo o especialista – também serão pontos favoráveis.
Mesmo o Gás Natural Veicular (GNV), de acordo com Adriano Pires, não representa um empecilho para o álcool. “A maior concentração do consumo de GNV está no Rio e em São Paulo. Ambos se equivalem ecologicamente, mas o álcool leva vantagem por existir em abundância em nosso território, ao contrário do GNV, que é 50% de origem boliviana”, explica.