O Copom decidiu nesta quarta-feira elevar de 25% para 25,5% ao ano o juro básico do país. A decisão, primeira sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, agradou o mercado, que a encarou como uma demonstração de “credibilidade”.
Segundo o BC, a decisão foi tomada por unanimidade e teve por objetivo lidar com as expectativas de inflação, na casa de 11% para este ano, bastante acima da meta ajustada de 8,5% que a autoridade monetária se comprometeu a perseguir.
“Os indicadores de inflação mostram sinais de queda, no entanto, o Copom julgou que a convergência das expectativas de inflação para a trajetória das metas recomenda uma elevação da taxa Selic”, afirmou o Comitê de Política Monetária em uma nota curta, distribuída à imprensa.
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Com a mudança, a taxa continua no nível mais alto desde maio de 1999, quando o juro estava em 27% ao ano.
Analistas afirmaram que a decisão do Copom é uma demonstração do compromisso com o combate à inflação. “Foi uma manifestação de que eles estão preocupados com a inflação, de que apesar de o PT ser a favor da redução dos juros, (o BC) é isento”, afirmou Mauro Paciello, superintendente de tesouraria do Banco Banif-Primus.
A maioria dos economistas e analistas do mercado esperava manutenção da Selic. Vários deles, no entanto, afirmavam que não haveria surpresa se o Comitê de Política Monetária optasse por um aumento de até 1 ponto percentual, segundo pesquisa da Reuters.
O Copom segue sem viés para o juro, o instrumento que permitiria mudança na taxa antes da próxima reunião –agendada para os dias 18 e 19 de fevereiro. ( Reuters Investor)
