O dólar operou o dia todo em baixa e caiu 0,26%, para R$ 2,681, apesar da compra de moeda americana pelo Banco Central. O Ibovespa subiu 1,59%, os juros futuros projetaram queda, o risco país recuou 0,70%, para 425 pontos, enquanto o C-Bond avançou 0,31%, vendido com ágio de 2,25%.
Numa semana atípica, marcada pelo feriado de hoje, da fundação de São Paulo, as decisões de venda foram influenciadas pelo recuo do dólar ante outras divisas e pelo fluxo financeiro ligeiramente positivo, além da expectativa de novos ingressos no mercado. O giro financeiro total à vista diminuiu 41%, para US$ 1,195 bilhão.
Também influiu a pesquisa da Central Banking Publications, de Londres, mostrando que mais de dois terços dos bancos centrais do mundo ampliaram a proporção de euros em suas reservas de moedas, em detrimento do dólar, nos últimos dois anos.
Ontem, o BC comprou dólares a R$ 2,675, abaixo da mínima registrada nas mesas de operações, de R$ 2,676 (-0,45%).
Esta taxa de corte só é mais alta do que a paga pelo BC em 3 de janeiro, de R$ 2,673, o menor valor aceito desde que a autoridade monetária retomou os leilões de compra, em 6 de dezembro. Na BM&F, os dez vencimentos de dólar futuro negociados projetaram queda.
Como se esperava, a Bovespa teve um dia bastante fraco em volume de negócios, com giro financeiro de apenas R$ 778 milhões. O mercado de ações aproveitou a baixa liquidez e o cenário calmo no exterior para dar continuidade à correção de preços iniciada sexta-feira. “Esta semana, na verdade, vai ter apenas três dias, e vai começar na quarta-feira”, comentou um operador.
O papel mais negociado no índice foi Telemar PN, com Vale do Rio Doce em segundo lugar. As ações preferenciais da Vale fecharam em alta de 3,25%, e as ordinárias subiram 2,06%.
As maiores altas do Ibovespa foram Light ON, que deu um salto de 9,55%, Copel PNB (6,23%) e Bradespar PN (5,43%). As maiores quedas foram de Eletropaulo PN (1,85%), Embraer PN (1,62%) e Telesp Celular Par PN (1,36%).
Os juros futuros interromperam a longa trajetória de altas, numa segunda-feira de liquidez menor, principalmente nos contratos curtos, em razão do feriado de hoje. O contrato de janeiro de 2006 projetou taxa de 18,63% ao ano, ante 18,67% na sexta-feira.