A alta do preço do petróleo e a elevação da taxa de câmbio no Brasil sugerem novos reajustes nos preços da gasolina e comprometem a promessa do governo Fernando Henrique Cardoso de terminar seu mandato com queda nos preços dos combustíveis.
A avaliação do Copom (Comitê de Política Monetária) é de que, no ano, em vez da redução dos preços haverá uma alta de 3,3%. Até agosto, o Copom ainda previa uma queda de 0,8% no ano nos preços da gasolina. A nova projeção consta da ata da última reunião, divulgada hoje pelo BC.
No início do ano, a gasolina teve queda de 25% decorrente da abertura do mercado. Descontada essa queda, a ANP autorizou reajuste de 28,32% nos preços na refinaria até 30 de junho, data do último aumento. Com isso, o aumento real da gasolina foi de 2,24%. Acontece que nem todo esse aumento é repassado para o consumidor.
Segundo cálculos do BBV Banco e do Espírito Santo Security, divulgados hoje pela Folha de S.Paulo, se for repassado para a gasolina, o repique dos últimos dias do dólar e das cotações internacionais do petróleo e dos derivados elevaria o preço do combustível de 25% a 30%. (Folha de SP)