Investimentos em infra-estrutura, oferta de crédito, crescimento na indústria de turismo e outros fatores fizeram com que a Região Nordeste apresentasse percentual de crescimento econômico acima da média brasileira. Enquanto o PIB brasileiro apresentou variação acumulada de 10%, entre 2002 a 2005, o do Nordeste cresceu 13%. Os números são do IBGE, que também constata que, no ano passado, as vendas do comércio varejista no Nordeste tiveram expansão maior do que a média nacional (9,6%): atingiram 9,9%.
Nesse cenário promissor, o Banco do Brasil buscou reforçar a presença na Região e contribuir para a sustentabilidade de seu crescimento. Desde o ano passado, o BB colocou em prática o Projeto Nordeste: iniciativa que visa firmar parcerias com os governos estaduais, auxiliando-os na execução de seus Planejamentos Plurianuais. O Banco do Brasil concentra esforços naquelas áreas definidas como prioritárias pelo próprio governo em seu planejamento, com foco nos projetos voltados para o desenvolvimento sustentável.
Em cada Estado, é formatada agenda de compromisso com a administração estadual, que prevê a criação de um grupo técnico, formado por executivos do BB e técnicos do governo, responsáveis por elaborar plano de trabalho para os próximos quatro anos. É nesse plano que são definidos os projetos e ações a serem desenvolvidas, além das entidades que irão participar. Em alguns projetos, podem estar envolvidos não apenas o Poder Executivo e Banco do Brasil, mas também outras instituições e órgãos federais, as prefeituras municipais, entidades civis e até outras instituições financeiras. A proposta é que todos somem esforços no mesmo sentido e desse modo alcancem os melhores resultados. O Projeto Nordeste já está em execução no Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Paraíba e agora chega a Pernambuco.
Entre as ferramentas financeiras que o BB coloca à disposição do governo estadual está o DRS (Desenvolvimento Regional Sustentável), estratégia de negócios que visa reforçar atividades produtivas vocacionais ou potenciais de cada região. Em Pernambuco, já são 48 mil famílias beneficiadas pela estratégia DRS, que atinge 147 municípios e possui R$ 190 milhões comprometidos em recursos. Os planos de negócios montados concentram-se nas cadeias produtivas de apicultura, artesanato, bovinocultura de leite, cana-de-açúcar, fruticultura, caprinocultura, mandiocultura, materiais recicláveis e confecção. Nos municípios de Buíque e Catende, por exemplo, busca-se estruturar cadeias de valor da bovinocultura leiteira e da cultura de cana-de-açúcar junto com parceiros locais, além de promover a melhoria das condições sociais e ambientais. Com o Projeto Nordeste, a idéia é ampliar o número de famílias beneficiadas e o volume de crédito emprestado.
Na parceria que o BB estabeleceu com o governo de Pernambuco está prevista ainda a implantação de 300 unidades de Pais (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável), projetos coordenados pela Fundação Banco do Brasil, com parceria com Ministério da Ciência e Tecnologia e Assocene (Associação de Orientação às Cooperativas do Nordeste). Com investimento total de mais de R$ 2 milhões, sendo R$ 744 mil pela Fundação, trata-se de estratégia agrícola, que dispensa o uso de agrotóxicos e possibilita o cultivo de alimentos saudáveis, aproveitando insumos da propriedade em todo o processo produtivo.
Além das estratégias DRS e Pais, o BB também possui outros mecanismos que podem ser usados para incentivar atividades produtivas consideradas prioritárias, tais como: crédito voltado para Arranjos Produtivos Locais, agricultura familiar, comércio exterior e microcrédito. O Banco oferece, ainda, à administração estadual soluções que contribuem para dar transparência e eficiência à Gestão Pública, em outras palavras, incrementar receitas e reduzir despesas. Um arranjo de todas essas ferramentas financeiras, direcionadas conforme o planejamento de crescimento traçado pelo próprio governo estadual, é o que sintetiza a idéia do Projeto Nordeste.
Essa proposta de crescimento sustentável reforça o papel que há 200 anos o Banco do Brasil desempenha, ou seja, o de servir como instrumento de política de desenvolvimento social e econômico, em razão de sua capilaridade, capacidade de crédito, vocação agrícola e liderança em comércio exterior. Sem dúvida, o Banco do Brasil pode participar de maneira decisiva para fomentar a economia local e garantir o crescimento sustentável. É por essa razão que o “Projeto Nordeste” está aqui para implementar uma agenda de compromissos duradouros com o Estado, numa parceria ampla, que alinha as ações do Banco do Brasil com as prioridades definidas pelo Estado de Pernambuco.