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Banco japonês estimulará projetos nas áreas de álcool e biodiesel

O Banco de Cooperação Internacional do Japão (JBIC, na sigla em inglês) informou ontem que está disposto a destinar R$ 1,286 bilhão para financiamentos nas áreas de pesquisa, expansão das lavouras e construção de unidades industriais para produção de álcool combustível e biodiesel, produzidos a partir da cana-de-açúcar e de oleaginosas, respectivamente.

O plano foi detalhado ontem pelo diretor-executivo do JBIC, Motonori Tsuno, em reunião realizada em Brasília com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. O objetivo dos japoneses com os financiamentos é ampliar a oferta de biocombustíveis, para que se tornem commodities energéticas internacionais.

A idéia é financiar projetos em regiões não-tradicionais para álcool e açúcar, mas dedicados à produção do etanol, especialmente os que incluam a participação de pequenos produtores e a formação de clusters. Conforme informou o banco, a liberação dos empréstimos dependerá da análise de projetos individuais de produtores e indústrias.

O banco japonês oferece R$ 86 milhões para financiamento de pesquisas, sendo R$ 30 milhões desse total destinados à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Também oferecem R$ 520 milhões para financiamento direto de produtores de cana e de oleaginosas, como soja, algodão e mamona.

O JBIC oferece ainda R$ 680 milhões para custear a implantação de novas unidades industriais de etanol e biodiesel. Os empréstimos seriam feitos preferencialmente por meio do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seus agentes financeiros, com juros entre 0,75% e 1,75% ao ano para ampliação das lavouras. Para as usinas os juros seriam de até 2,75% ao ano. E o prazo para pagamento é de até 35 anos, com dez anos de carência.