O setor sucroalcooeiro registrou queda no valor do preço de exportação do açúcar do álcool, no ano passado. De acordo com o Ministério da Agricultura (Mapa), em 2006, o valor da tonelada de açúcar foi negociado a US$ 327 e o do álcool a US$ 587. Já em 2007, os preços caíram para US$ 263 e US$ 523, respectivamente. O resultado é conseqüência do aumento da oferta dos produtos no mercado.
Os dados fazem parte do balanço divulgado nesta terça-feira pelo Mapa que mostra o bom desempenho da balança comercial do agronegócio, que fechou 2007 em US$ 49,7 bilhões. O resultado recorde foi alcançado pela diferença entre os U$ 58,41 bilhões das exportações – cifra 18,2% superior à registrada em 2006 – e os 8,7 bilhões das importações.
O desempenho das exportações é atribuído tanto ao aumento dos volumes (5,6%) quanto dos preços (12%). O faturamento com as vendas externas do setor agropecuário foi responsável por 36,4% da receita total das exportações brasileiras, que alcançou US$ 160,6 bilhões.
Segundo o Mapa, o saldo positivo pode ser atribuído ao crescimento da economia mundial nos últimos cinco anos, o que significou maior demanda por bens, além do aumento dos preços de commodities consideradas importantes, como grãos e carnes.
O ajuste na produção mundial de cereais e oleaginosas, por conta do crescimento da demanda por biocombustíveis, também contribuiu para o aumento dos preços internacionais dos produtos agrícolas.
A soja continua na liderança dos produtos do agronegócio exportados, porém acompanhado de perto pelo setor de carnes ameaçou, que em 2007 registrou vendas 30,7% superiores ao ano anterior, passando de US$ 8,6 bilhões para US$ 11,29 bilhões. No mesmo período, as exportações de soja alcançaram o valor de US$ 11,38 bilhões.
A União Européia é o maior comprador de produtos agropecuários do Brasil. Em 2007, foi responsável por 35,8% das exportações brasileiras. Foram vendidos US$ 20,8 bilhões (31,1% a mais do que em 2006) em produtos do agronegócio aos 27 países do bloco europeu.
Os países do bloco asiático compraram US$ 11,2 bilhões em 2007. Em seguida estão os integrantes do Nafta (US$ 7,3 bi); Oriente Médio (US$ 4,7 bi); África (US$ 3,8 bi); América Latina, exceto os países do Mercosul (US$ 2,6 bi) e o Mercosul (US$ 1,7 bi).
Já os Estados Unidos seguem como o principal importador individual do agronegócio brasileiro, mesmo com a queda de 8,7% na receita no ano passado em relação a 2006, de US$ 7 bilhões para US$ 6,4 bilhões. Os Países Baixos importaram US$ 5,4 bilhões. A China, US$ 4,6 bilhões, e a Rússia, US$ 3,3 bilhões.
No último mês de 2007, as exportações do agronegócio alcançaram US$ 4,6 bilhões, crescimento de 11,9% em relação a 2006. Carnes, cereais, farinhas e preparações, complexo soja e produtos florestais foram os que mais pesaram no cálculo.