Em meio à polêmica internacional sobre os riscos da conversão de gêneros alimentícios em combustíveis, a Áustria poderá rever a decisão de elevar de 5% para 10%, em 2012, a mistura de biocombustíveis à gasolina, informou ontem o secretário de Finanças da Áustria, Christoph Matznetter.
“Talvez essa cota de 10% tenha de ser revista”, disse, antes de se encontrar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Para Matznetter, a opinião pública caminha na direção de entender que a conversão direta de gêneros alimentícios em energia primária não é uma solução de longo prazo.
Ele defendeu soluções de segunda e terceiras gerações de etanol, a partir de resíduos de plantas e outros resíduos biológicos.
Ele ressaltou que é preciso ter certeza de que a conversão de alimentos em combustíveis, “em virtude da discussão mundial”, deve ser percebida com um problema ético em relação à segurança alimentar.
Segundo ele, a Áustria dispõe de tecnologia de segunda e terceira gerações de biocombustíveis e tem interesse em fazer parcerias com o Brasil.
“Há uma grande chance de combinarmos as tecnologias do Brasil e da Áustria.