Embora não cogite tornar obrigatória a adição de biocombustíveis na gasolina ou no diesel, o governo da Austrália considera a chance de estabelecer um regime tributário e regulatório para ajudar a indústria açucareira. É o que disse hoje o ministro da Agricultura daquele país, Peter McGauran.
“Nós acreditamos que um regime compulsório poderia provocar distorções no mercado e ser prejudicial aos consumidores, se a produção do combustível a partir do trigo e do açúcar se inviabilizar por causa da alta dos preços da matéria-prima”, disse McGauran a jornalistas, durante encontro anual da Federação Nacional de Agricultores.
A posição do governo é motivo de pressão por parte de alguns legisladores, incluindo membros da Coalizão Nacional Liberal, principalmente de eleitorados regionais. Eles querem que combustíveis renováveis sejam misturados à gasolina para impulsionar a indústria do açúcar, que há alguns anos vem enfrentando dificuldades econômicas.
Mesmo assim, McGauran garante que não vai faltar apoio do governo para o desenvolvimento de um programa nacional de biocombustíveis. “Nós apoiamos os biocombustíveis e estamos buscando caminhos para ampliar esse suporte”, disse.
A produção de etanol para transporte cresceu para 36 milhões de litros neste ano fiscal, ante 23 milhões de litros no ano anterior. O governo quer ampliar este volume para 350 milhões de litros até 2010.