De acordo com Fábio Ferreira Leal, da divisão de regulamentação técnica e de programas de avaliação da conformidade do Inmetro, o aumento da mistura de etanol na gasolina para 27,5% depende mais de fatores políticos do que técnicos. “Os motores dos veículos monocombustiveis têm dificuldade em aceitar a mistura de 27,5%, pois foram concebidos para 22% de mistura. Acredito que esse aumento trará “dor de cabeça” para as montadoras… é ai que entra o fator político, que dificulta a aprovação deste aumento”, explica. Todavia, o técnico acredita que o aumento é um caminho sem volta. “Estamos importando gasolina, não há outro combustível que substitua a substitua com eficiência além do etanol”, afirma.
Política estende prazo para aprovação
Questionado sobre o porquê da prorrogação do prazo para definição técnica da mistura ter se estendido para novembro, Fábio Ferreira Leal disse que a autenticação precisa de ponderação técnica firme, por conta dos vetores políticos. “A solicitação foi postergada mais por conta da meteorologia política”, ponderou e sugeriu que uma solução conveniente é ter nos postos gasolina E27,5 e uma opção de gasolina mais pura nas bombas – muito embora os postos não teriam de imediato tanques para isso.