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Aumento da mistura de etanol não afeta motor, garantem especialistas

Aumento da mistura de etanol não afeta motor, garantem especialistas

2009-10-23 Posto Abastecimento Alcool Etanol SP  (9)
Sobre a sugestão da Unica de aumentar de 25% para 27,5% a mistura de etanol na gasolina, em linhas gerais não alteraria o motor ou o funcionamento dos veículos a gasolina, que representam hoje 38% da frota circulante do país. A opinião é de Renato Romio, chefe da Divisão de Motores e Veículos do Centro de Pesquisas do Instituto Mauá de Tecnologia e Francisco Nigro, considerado um dos pais do carro a álcool, atual professor da Escola Politécnica da Usp.

Apesar de afirmar que em linhas gerais não causaria nenhum dano, Renato Romio diz que não é uma resposta tão simples pois os carros são ajustados para ter uma certa tolerância ao teor de álcool na gasolina mas não sabe até quanto seria essa tolerância. “Isso varia de fabricante, modelos e entre os anos de fabricação. Hoje não se discute a tolerância dos carros flex. Já nos carros dos anos 90 de injeção eletrônica até 2000, podem apresentar alguma falha de funcionamento ou no controle de emissão de poluentes. Mas a grosso modo não vejo problemas”, revela ao afirmar que é preciso fazer alguns testes para a plena certeza.

Francisco Nigro, professor da Escola Politécnica da Usp, afirma que 2,5% a mais de etanol representa a perda de 1% de consumo em geral. “Não acho que irá prejudicar os veículos. Você apenas levará 99% da energia que levava antes, mas não prejudica em nada. Em termos de desgaste de motor, não há problemas”.

Ele explica que a quantidade de energia que está comprando diminui porém do ponto de vista do funcionamento de motor não há nada que levante suspeite sobre desgaste. “As montadoras fazem material para ser resistente ao etanol e fazemos isso há muito tempo. A diferença é pequena e os motores se ajeitam. O gasto é quase imperceptível”, afirma.