Mercado

Aumenta otimismo de empresários com desempenho dos negócios, diz CNI

De olho na expansão do mercado interno, os empresários reforçaram o otimismo, já sinalizado no início do ano, sobre o crescimento da economia em 2007. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em abril mostra que há na indústria uma expectativa para aumento da demanda, do emprego e de compras de matérias-primas.

A sondagem da CNI trouxe uma nova variável, relativa à percepção sobre a evolução da demanda nos próximos seis meses. Nesse quesito, a média geral ficou em 60,6 pontos (acima de 50 é sempre positivo), encontrando mais otimismo entre as médias empresas (61,6 pontos), depois entre as grandes (61,1 pontos) e também positivo entre as pequenas (58,8 pontos). A pesquisa, feita entre 30 de março e 20 de abril, ouviu 1.491 empresas.

Apenas dois setores, segundo a CNI, não compartilham dessa perspectiva favorável em relação à demanda: calçados e madeira, ambos com índices inferiores a 50 pontos, diante dos prejuízos que têm enfrentado nos últimos dois anos, em decorrência do câmbio valorizado.

Outro indicador de destaque foi sobre as estimativas de aumento de mão-de-obra, que apontou para 52,4 pontos, contra 50 pontos em janeiro e 49,9 em abril de 2006. De acordo com economistas da CNI, é a primeira vez, desde janeiro de 2005, que os empresários revelam intenções claras de contratação para os seis meses seguintes.

“Todos os portes de empresas revelaram que pretendem aumentar o número de empregados”, diz relatório divulgado pela CNI. Os setores de álcool (61,8 pontos) e outros equipamentos de transportes (60 pontos) revelaram maior disposição para aumentar o quadro de pessoal.

Outro sinalizador divulgado pelo levantamento diz respeito à expectativa sobre compras de matérias-primas no próximo semestre. Este índice subiu 53,7 pontos em janeiro para 58,7 pontos em abril.

Segundo a CNI, não há preocupação sobre a possibilidade de o aquecimento dos negócios vir a ter reflexos inflacionários. Isso porque os índices de uso da capacidade do parque fabril apresentam-se estáveis em relação ao primeiro trimestre de 2006.