A Comissão Especial de Fontes Renováveis de Energia da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (4), um requerimento do deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) que prevê a realização de uma audiência para discutir as pesquisas envolvendo o etanol celulósico, também chamado de segunda geração.
A data da audiência ainda será marcada. Devem ser convidados Rogério Cezar Cerqueira Leite, professor emérito da Unicamp e coordenador do Projeto Bioetanol, Alfred Szwarc, consultor de Emissões e Tecnologia da Unica, José Luiz Olivério, vice-presidente da Dedini Indústrias de Base, e Frederico Durães, da Embrapa.
De acordo com o deputado, o objetivo da audiência é contribuir para o desenvolvimento do etanol celulósico, detectar os gargalos e possíveis soluções para acelerar a produção em escala comercial. O etanol celulósico é produzido a partir de plantas e resíduos agrícolas, entre elas as folhas e pontas da cana-de-açúcar.
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“Com o avanço da mecanização do corte da cana, as pontas e folhas podem ser utilizadas para gerar etanol, ampliando de forma importante a produção brasileira. Sem o etanol celulósico, o Brasil pode ficar para trás na corrida tecnológica e nas oportunidades vislumbradas para os biocombustíveis” disse o deputado. Ele observa que esses resíduos concentram 1/3 da energia da cana, que, atualmente, é desprezada.
Apesar de ser o mais competitivo na produção de etanol, o Brasil é o segundo maior produtor e deverá produzir na safra 2008/09, que está no final, 22, 4 bilhões de litros. Os principais produtores mundiais são os Estados Unidos, que produzem o combustível a partir do milho e onde as pesquisas para o etanol celulósico estão mais avançadas.
