Inteligência Artificial, indústria 4.0 e transformação digital são termos que, há alguns anos, já estão inseridos no vocabulário do setor sucroenergético, que se encontra cada vez mais aberto à adoção de tecnologias inovadoras, que avançam não somente na produção industrial e de equipamentos agrícolas, como também se expandem para a gestão de pessoas, como é o caso da utilização do reconhecimento facial para marcação de ponto.
Através da ferramenta DT Faceum, produzida pela Dimastec, o grupo Atvos deu início, em 2021, ao processo de implantação dessa tecnologia, primeiramente, em caráter experimental, em duas unidades, atendendo hoje as 9 usinas da companhia e os 2 escritórios corporativos, distribuídos nos estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
“Planejamos o projeto do registro de ponto via reconhecimento facial para que ocorresse em 2 etapas. O piloto ocorreu em duas usinas do Polo Taquari e nos escritórios de Campinas e de São Paulo. Nas unidades e no escritório de Campinas, implantamos o aplicativo DT Faceum e, no escritório de São Paulo, o DT Faceum web. Esse piloto teve seu Go live em setembro de 2022. Em paralelo com o Go live, iniciamos a fase 2, em que implantamos o projeto nas sete usinas que compõem os Polos Sul e Goiás”, informou Alexandre Lazzarini, gerente Corporativo de Projetos da Atvos.
Segundo Lazzarini, a implantação ocorreu dentro do “novo normal” que a pandemia de covid-19 apresentou, com um grande desafio de mudança de mindset e a adaptação a um modelo de implantação que rompia por completo com as práticas que existiam até o momento.
“Esse desafio foi aceito por todos os participantes do projeto e não posso deixar de destacar a participação de Sabrina Castro, Melissa Santos, João Almeida, Adriano Neves, Rosicleia Alves, Marcelo Santos, seus líderes e liderados e, por último e não menos importante, Wanderlei Lopes, da Dimastec. Todos, mesmo com as limitações que se fizeram presentes por conta de todo o contexto da pandemia, conseguiram implantar a solução para os mais de 9.000 colaboradores da Atvos de maneira satisfatória e dentro do cronograma esperado”, disse.
De acordo com Lazzarini, a solução trouxe mais agilidade no registro do ponto e proporciona um controle mais ativo nas localidades que possuem cobertura de telefonia/Internet. “Mesmo nas localidades mais isoladas, onde trabalhamos no modo off-line, conseguimos que os registros de ponto fossem atualizados em uma cadência maior. Outra vantagem importante é a prevenção de fraudes relacionadas ao registro do ponto, a utilização do liveness e o georreferenciamento, que são recursos importantes que utilizamos”, explicou.
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Para Dimas Fausto, presidente da Dimastec, concluir a implantação na Atvos foi um grande desafio. “Finalizada a negociação comercial, começamos a implantação e, em quatro meses, colocamos o reconhecimento facial nas 9 unidades e 2 escritórios que eles têm espalhados pelo país, inclusive no administrativo de São Paulo. Foi um desafio muito grande porque eles têm mais de 9 mil colaboradores e tínhamos que colocar todas as fotos dentro dos dispositivos, cadastrados numa base única. Um grande diferencial do aplicativo é que ele trabalha offline no campo e permite que a captura das fotos dos colaboradores seja feita dessa forma, facilitando o cadastramento daqueles que atuam no campo.
Segundo Fausto, outro fator que também ajudou bastante na hora da instalação do aplicativo em dispositivos nos locais de trabalho e nas áreas de vivência. “Nós desenvolvemos, especialmente para o grupo Atvos, um suporte que foi sucesso no mercado, que sustenta tanto celulares quanto tablets. É um suporte desenvolvido para toda a segurança, em metal robusto, que impede o roubo e também é articulado, o que permite e facilita a marcação do reconhecimento facial para pessoas com maior e também com menor estatura”.
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Fausto também ressalta o fato de o aplicativo trabalhar com prova de vida. “Ele evita que se apresente uma foto na frente do tablet e ele faça o reconhecimento. Ele dá o feedback para o colaborador se está havendo fraude ou não. O nosso aplicativo interage com o usuário também, falando da possível fraude. E é muito rápida a nossa prova de vida. Ela faz o reconhecimento em 3 segundos e isso também foi um fator importante dentro da corporação”, explicou.
De acordo com o presidente da Dimastec, o próximo passo a ser dado dentro da Atvos vai ser integrar o DT Faceum ao sistema de acesso das catracas. “Estamos em fase de testes e homologação. Já estamos iniciando esse projeto na unidade Conquista do Pontal, localizada no Oeste Paulista.
O programa trouxe uma economia muito grande dentro da corporação, porque eles tinham mais de 300 equipamentos que davam uma despesa de manutenção muito grande e, com a aquisição da nossa plataforma, reduziu−se drasticamente o investimento em equipamentos e também as despesas com manutenção”, informou.
Para Lazzarini, a Atvos embarcou com força no processo de transformação digital, implantando novas soluções que agregarão valor à companhia e, consequentemente, a seus mais de 9 mil colaboradores.
Essa matéria faz parte da edição junho/julho (345) do JornalCana. Para ler, clique AQUI!