O presidente da Associação dos Produtores de Açúcar, Álcool e Energia (Biocana), Luciano Sanches Fernandes, admitiu que associadas da entidade enfrentam dificuldades financeiras e que uma delas, a Usina Itajobi, atrasou o pagamento de arrendatários e locatários de áreas para o cultivo de cana.
“Algumas companhias enfrentam dificuldades, outras estão bem equacionadas e em um caso houve atraso no pagamento, restrito a arrendatários e locatários de terra, mas não para fornecedores”, ressaltou Fernandes.
Na última quinta-feira, a Agência Estado revelou que usinas associadas à Biocana elaboraram um documento, em dezembro de 2008, no qual sugerem a suspensão e a reprogramação de pagamentos em caso de problemas de fluxo de caixa.
Notícias Relacionadas
Unidade São Martinho é a primeira de etanol de cana do mundo a obter a certificação ISCC CORSIA Low LUC Risk
Certificação atesta que o etanol de cana da unidade não gera emissão de gases de efeito estufa relacionados ao uso da terra
Volume de etanol comercializado em SP é o 3º maior da safra 2024/25, segundo o Cepea
Alta é impulsionada pela proximidade do encerramento das atividades no campo e na indústria
Pela sugestão, adotada pela Itajobi, os pagamentos deixariam de ser feitos ou seriam feitos parcialmente até junho deste ano e a diferença paga até junho de 2010. “Apenas seis das 18 associadas assinaram o documento e uma delas usou a deliberação”, disse Fernandes.
O executivo, que comanda também a Usina Cerradinho, em Catanduva (SP), cidade que sedia a Biocana, afirmou ainda que mesmo com os anúncios feitos pelo governo, “o crédito novo para o setor simplesmente não existe” para justificar as dificuldade enfrentadas.
As unidades ligadas à Bioacana processaram, de acordo com balanço parcial divulgado este mês, 45,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2008/ 2009, alta de 21,6% ante 2007/2008.
