Mercado

Ativos da Cosan serão vendidos pela Raízen

A Raízen, empresa que é fruto da união entre Shell e Cosan, colocará ativos à venda, atendendo especificação determinada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Entre eles, estão as instalações de abastecimento em áreas de concessão da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e participação em infraestrutura de abastecimento de aeronaves adquiridas da Cosan.

Segundo a nota, a companhia continuará atuando no suprimento de combustíveis de aviação e honrará todos os contratos firmados. “A Raízen apoia a livre concorrência e participa do mercado de distribuição de maneira justa e ética, respeitando as leis de concorrência aplicáveis”, informou, por comunicado.

RECURSO. Ontem pela manhã, o Cade negou o último recurso da Shell e voltou a enfatizar a necessidade de venda dos ativos da Cosan ( Jacta) no negócio de querosene de aviação, que havia sido comprado pela empresa.

A decisão do plenário foi em linha com o parecer da Procuradoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Procade). “Não vislumbro razões para que não possa cumprir a decisão do Cade”, resumiu o presidente do órgão antitruste, Fernando Furlan.

A primeira determinação foi feita pelo colegiado em fevereiro, com a avaliação de que haveria concentração demasiada no mercado após o negócio entre Shell e Cosan, afinal só as duas empresas e a Gran Petro Distribuidora atuam nesse setor. O Cade quer que os ativos sejam vendidos a uma só terceira empresa, a fim de estabelecer um concorrente no setor. Segundo a autarquia, a British Petroleum e a Gran Petro estariam interessadas em comprar esses ativos.