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Argentina sugere "flex" menor em acordo com o Brasil

O governo argentino não deu uma resposta formal à proposta feita pelo Brasil para reformulação do regime automotivo, e o diálogo entre os dois países não teve nenhum avanço em uma reunião realizada semana passada no Rio de Janeiro.

De acordo com uma fonte com acesso às negociações, a delegação argentina fez objeções verbais ao conteúdo do documento apresentado no mês passado pelo governo brasileiro, mas não redigiu uma contra-proposta, como era esperado pelo lado brasileiro. O Brasil tentou dar um impulso às negociações formalizando uma proposta que prevê a adoção do livre comércio a partir de 2010 e a manutenção do “flex” em 2,6 – o que significa que o Brasil poderia exportar US$ 2,6 para cada US$ 1 que compre da Argentina em carros e autopeças, e vice-versa.

Segundo a fonte, os negociadores argentinos mantiveram a defesa de um flex por empresa, para “castigar” as companhias que não tenham produção de automóveis em seu país, e defenderam que o número varie entre 1 e 2, com as montadoras que cumprirem determinadas metas de produção operando com o número mais alto.

A Argentina também se recusa a estipular uma data para o início do livre-comércio, que deveria estar vigorando a partir deste ano, mas foi adiado por decisão unilateral do governo de Buenos Aires. A próxima rodada de negociações está marcada para os dias 18 e 19 deste mês na capital argentina. A data-limite para que o novo acordo automotivo entre os dois sócios esteja concluído é o dia 1º de julho.