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Aprovado protocolo de testes coordenado pelo MME para avaliar viabilidade técnica da mistura de 30% do etanol à gasolina

Testes serão realizados pelo Instituto Mauá de Tecnologia de janeiro a fevereiro de 2025, e relatório final deverá ser entregue até o fim de fevereiro

(Foto: divulgação ANP)
(Foto: divulgação ANP)

OMinistério de Minas e Energia (MME) coordenou reunião que aprovou na quarta-feira (18/12), o protocolo de testes para avaliar a viabilidade técnica do aumento da mistura de 30% de etanol anidro à gasolina (E30).

Os testes serão conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) entre janeiro e fevereiro de 2025, conforme o cronograma estabelecido.

O relatório final com os resultados será entregue até o fim de fevereiro, e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai conduzir os testes de estabilidade do E30.

Avanço dos estudos

O secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, destacou a importância do avanço dos estudos.

“Estamos seguindo com o plano de testes do E30, conforme as diretrizes do ministro Alexandre Silveira, que determinou que fossem aceleradas as medidas que ajudam a promover a transição energética”, afirmou.

O protocolo de testes foi construído de forma conjunta com entidades do setor automotivo e de biocombustíveis, como Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Bioenergia Brasil, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) e Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

Como será a avaliação

A avaliação contemplará ensaios de pista, testes de partida a frio, medições de emissões, aquisição de veículos e análise complementar de dados via sistema OBD (On-Board Diagnostics, no termo em inglês).

O aumento da mistura de etanol anidro à gasolina para 30% busca ampliar os benefícios ambientais e econômicos, como a redução das emissões de gases de efeito estufa e a diminuição da dependência de importações de gasolina.

Durante a reunião, as entidades ressaltaram a importância da diversidade de fabricantes e tecnologias nos testes para assegurar resultados representativos da frota veicular em circulação no país.

Os representantes do setor também se dispuseram a participar do esforço cedendo parte dos veículos para os testes.

A ampla participação das associações foi fundamental para definir os parâmetros e a seleção dos veículos que serão utilizados nos ensaios.

O estudo em andamento faz parte dos esforços do MME para avançar em políticas de transição energética e incentivo aos biocombustíveis, visando o desenvolvimento sustentável do setor.

Atualmente, o teor de mistura de etanol anidro à gasolina é de 27%. Caberá ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a partir da comprovação da viabilidade técnica, eventual alteração desse percentual para valores superiores.