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APPA apresenta planos de investimentos ao ministro Furlan

O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Eduardo Requião, recebeu nesta semana, na sede administrativa do Porto, o ministro de Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. A visita do ministro a Paranaguá serviu como oportunidade para que fosse apresentada a realidade do terminal paranaense, suas necessidades e planos de desenvolvimento.

Antes mesmo do encontro formal, na sede da APPA, o ministro Furlan, destacou sua apreciação sobre os Portos do Paraná, que atualmente já superaram em mais de 1,5 milhão de toneladas a movimentação verificada no mesmo período do ano passado. “O Porto de Paranaguá é muito precioso para o Paraná e para o Brasil. Nos orgulhamos da história e da eficiência deste terminal e viemos aqui hoje para sabermos das dificuldades do terminal, da necessidade de ampliação da sua eficiência logística e de que maneira o Governo Federal pode contribuir com a administração do Porto e com o Governo do Estado”, disse Furlan.

Para o superintendente Eduardo Requião, a presença do ministro em Paranaguá reforça a sustentação dada pelo Governo Federal ao Governo Estadual sobre o posicionamento do governador Roberto Requião em proibir o plantio e o embarque de soja transgênica pelo Porto de Paranaguá. “Aqui se exporta qualidade e eficiência e não produtos de multinacionais preocupadas em derrubar a economia do Paraná e desrespeitar o produtor agrícola do nosso Estado”, disse Eduardo Requião, conforme determinação do governador Roberto Requião.

Para ele, não há o que se discutir: o Paraná não abrirá mão do seu posicionamento contrário aos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), sem qualquer prejuízo à movimentação de cargas pelo Porto. Prova disso, segundo Eduardo Requião, é o volume superior de caminhões, de navios e de produtos embarcados, principalmente a soja convencional, o milho e o fertilizante que vem sendo verificado. Para se ter uma idéia, de janeiro até o dia 9 de março deste ano já foram movimentadas 5,3 milhões de toneladas, contra 3,6 milhões no mesmo período de 2003. O destaque ficou por conta das exportações de milho e de soja, as importações de fertilizantes e a movimentação de produtos do segmento da Carga Geral, com aumento de cerca de 400 mil toneladas neste ano em comparação ao ano passado.

A parceria entre o setor público e a iniciativa privada também foi defendida pelo Ministro como uma forma de se alcançar melhorias na produtividade e eficiência do segmento portuário. “É muito importante que tenhamos dos setores público e privado as melhores idéias e as melhores soluções para melhorarmos a performance do terminal e implantarmos os projetos traçados pela administração portuária como o alargamento do cais, a expansão à Oeste e a ampliação do Pátio Público para Triagem de caminhões, que trará maior segurança e conforto aos caminhoneiros”, comentou Furlan.

Segundo o ministro, as boas iniciativas que vêm sendo implantadas no Porto de Paranaguá estão colaborando com o crescimento das exportações. Ao visitar Paranaguá, ele pôde observar, através dos planos traçados pela APPA, como o Porto vem se preparando para atender a crescente demanda de movimentação de caminhões e de navios. “São iniciativas positivas que visam minimizar o problema do congestionamento no recebimento das cargas e dos embarques”, revelou

Na próxima semana, o ministro estará reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para relatar as prioridades elencadas pelo superintendente da APPA para o desenvolvimento imediato do Porto, como a dragagem que também preocupa o Governo Federal porque trata exclusivamente da performance do Porto frente ao mercado externo. “Conheço Paranaguá há mais de 20 anos e é bom ver as mudanças que estão ocorrendo e o que está por ser feito”, comentou Furlan.

Após o encontro com o superintendente da APPA, o ministro reuniu-se com empresários locais na sede da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (ACIAP) para, assim como aconteceu no Porto, ouvir sugestões, necessidades e encontrar propostas que possam auxiliar no crescimento do terminal paranaense. (Fonte: ASSCOM – APPA)