Apla de Piracicaba discute Plano Estratégico para o setor

As propostas para o Planejamento Estratégico do Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla) serão elaboradas de 6 a 8 de fevereiro, durante a Oficina de Planejamento Participativo que será realizada pelo escritório regional do Sebrae-SP, em Piracicaba, em conjunto com as entidades e empresas que integram o Apla.

O encontro, que será realizado no Hotel Fazenda São João, na Avenida Paschoal Antonelli, 800 – São Pedro, terá a participação de aproximadamente 60 empresas e instituições do segmento. O objetivo é definir estratégias para as novas ações para o fortalecimento do setor sucroalcooleiro na região de Piracicaba e para o crescimento das micro e pequenas empresas que atuam em serviços, produtos e maquinário na cadeia produtiva do álcool.

Segundo o gerente do Sebrae-SP em Piracicaba, Antonio Carlos de Aguiar Ribeiro, durante a oficina serão avaliados os projetos em andamento e definidas as ações a ser implementadas nos próximos dois anos. “Vamos reunir empresas de todo o mix, tanto produtos como serviços, do setor sucroalcooleiro para rever o planejamento elaborado em 2006 e reorganizar as ações com direcionamento dos objetivos e das estratégias”, explica.

A cadeia produtiva do biocombustível, segundo Ribeiro, é um ponto estratégico para o desenvolvimento da região. “Diferente do que se imagina, ela (cadeia) é altamente permeada por micro e pequenas empresas dos mais diversos setores. É de grande importância o Sebrae-SP estar junto dessas empresas, prestando apoio e dinamizando a cadeia produtiva, incluindo também as incubadoras com inovação tecnológica, que abrigam empresas do setor na área de alta tecnologia”, avalia.

O Arranjo Produtivo Local do Álcool iniciou suas atividades em 2006 e acumula vários projetos que têm impulsionado o desenvolvimento econômico da região, já consolidada como polo de referência em todas as atividades e negócios que envolvem o setor sucroalcooleiro. A primeira atividade do APL do Álcool foi a realização de uma palestra de apresentação para as entidades do setor, seguida do diagnóstico do setor metal-mecânico sucroalcooleiro, com a adesão de 40 empresas e a Oficina de Planejamento Participativo realizada ainda em 2006.

O trabalho contribuiu para identificar as necessidades dos empresários nas áreas agrícola, industrial, de comércio e logística. Um dos pontos observados foi a necessidade de padronização do etanol para proteger as exportações brasileiras de eventuais barreiras técnicas impostas por países importadores do biocombustível, o que resultou em convênio com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para a produção de materiais de referência certificados (MRCs) para o mercado nacional.

O trabalho inicial desencadeou ações para o fortalecimento do APL, resultando na criação do Polo Nacional de Biocombustíveis, oficializado em novembro de 2006 e sediado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), de Piracicaba, que se constitui num dos pilares da política de biocombustíveis, uma vez que o país tem interesse em expandir sua produção.

No final de 2006, o Apla firmou convênio com a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), no valor de R$ 4,5 milhões em 2007 e 2008, para a realização de missões internacionais a países com potencial de importação de etanol, de bens de capital, serviços de engenharia e de tecnologias geradas nos institutos de pesquisa e empresas da região. O convênio visa ao aumento efetivo nas vendas dos equipamentos, produtos e serviços das empresas beneficiárias do programa, gerando empregos e divisas, projetando a região e o país como referência a nível mundial dos equipamentos e serviços para produção de energias renováveis.