O atual momento por que passa o mercado petrolífero internacional, com preços acima das previsões iniciais de mercado, está possibilitando à Agência de Exportações e Investimentos (Apex) acelerar seu trabalho de promoção da cadeia produtiva do etanol brasileiro no exterior.
Segundo o diretor para investimentos da Apex, Ingo Plöger, o interesse de outros países – como a África do Sul – no programa brasileiro de desenvolvimento do álcool combustível reflete as atuais cotações mais elevadas. “Em momentos como este, o etanol se apresenta como uma alternativa energética que faz sentido”, afirmou.
O objetivo da agência é não apenas mostrar as vantagens do álcool combustível, como também apresentar as tecnologias desenvolvidas para a produção e utilização do etanol. Soluções para aumentar o rendimento da produção agrícola da cana-de-açúcar, projetos de usinas flexíveis para álcool e açúcar, e o desenvolvimento de motores flex fuel estão entre as informações apresentadas a diferentes governos e consumidores.
“O Brasil domina tecnologias como os motores flex fuel e as usinas flexíveis, que são pouco conhecidas no exterior”, disse. Para ele, a divulgação das informações podem não apenas impulsionar a exportação de equipamentos nacionais utilizados na cadeia produtiva do álcool como estimular investimentos do empresariado brasileiro e cooperação entre os países para ampliar a infra-estrutura de logística.
Além disso, nas regiões geográficas semelhantes às do Brasil, como na Nigéria e na Tailândia, os trabalhos estimulam as parcerias no fornecimento do etanol. “Na Tailândia, por exemplo, além da produção agrícola da cana e do álcool, uma parceria poderia caminhar no sentido da exportação de veículos”, disse.
Até agora, a única parceria firmada é com a Alemanha. Em junho passado, uma comissão bilateral formada por governos e empresários dos dois países assinaram um acordo que determinava a colaboração da Alemanha, maior produtor mundial de biodiesel, em um projeto de produção de óleo de mamona, palma ou soja a serem utilizados em ônibus urbanos no Ceará. Já o Brasil fornecerá tecnologia flex fuel com etanol que será utilizada em caráter experimental em cidades alemãs. Parcerias com Califórnia, China e países do Mercosul estão em andamento.