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APESAR DE SUCESSIVAS ALTAS, PREÇO DO ÁLCOOL AINDA É MAIS VANTAJOSO NO RIO

Apesar dos preços em alta pela terceira semana consecutiva, ainda é mais vantajoso para o consumidor fluminense abastecer o carro com álcool do que com gasolina. No Estado do Rio, o litro do álcool hidratado (combustível) passou, em média, de R$1,656 no fim de dezembro para R$1,668 na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgado ontem. Na capital, o litro subiu de R$1,640 para R$1,651 nos postos.

Para que o abastecimento compense, o preço do álcool deve ficar em até 70% do custo da gasolina, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP). Tanto no Estado do Rio quanto na capital, essa relação ficou em 67% na semana passada. No estado, o preço médio da gasolina ficou em R$2,480, segundo a ANP. Na capital, o valor foi de R$2,470.

De acordo com os preços divulgados pela ANP, o álcool já não vale a pena para os carros flex abastecidos em Amapá, Amazonas, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe. Na média do país, o álcool ficou 2,65% mais caro na semana passada, subindo para R$1,546 o litro

Na capital paulista, o preço passou de R$1,25 no fim de dezembro para R$1,32 na primeira semana do ano, uma alta de 5,6%. Apesar dos aumentos, o álcool também ainda é mais vantajoso que a gasolina no estado de São Paulo. O litro do álcool custa 55% do valor da gasolina, que registrou preço médio de R$2,402.

O preço do álcool nas usinas paulistas também continua em alta, registrando R$0,867 na primeira semana do ano. Em 28 de dezembro, o litro custava R$0,842. Se a alta se mantiver, o Ministério da Agricultura avisou que poderá reduzir a mistura do álcool anidro à gasolina, hoje em 23%.

Mas a notícia não preocupa os usineiros, de acordo com a União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica). Os produtores acreditam que essa decisão elevaria também o preço da gasolina, gerando mais inflação.