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Esta quarta-feira (04/04) deve marcar o último dia de Fernando Coelho Filho à frente do Ministério de Minas e Energia (MME). O ‘pai’ da Política Nacional de Biocombustível, conhecida por RenovaBio, deixa o cargo para candidatar-se à Câmara Federal pelo seu estado natal, Pernambuco.
Diante as esperadas turbulências dessa quarta-feira, por conta da votação do habeas corpus em favor do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é bem possível que o nome do sucessor de Coelho Filho só deverá ser conhecido na quinta-feira (05/04) ou até no fim da semana.
Mas há duas situações em torno da saída de Coelho Filho que afetam diretamente o universo do setor sucroenergético. A primeira é qual o impacto da entrada do novo titular do MME sobre o RenovaBio, que atualmente passa por fase de empreendimento de seu formato.
A outra situação co-relacionada à substituição do atual ministro é justamente o nome de seu sucessor. Fontes ligadas diretamente ao MME relatam ao JornalCana que o sucessor será um técnico, o que por si só alivia lideranças do setor sucroenergético, que temiam um nome político no cargo e as eventuais reações dessa indicação ao processo em andamento do RenovaBio.
Há três nomes técnicos para substituir Coelho Filho: o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Márcio Félix; o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Luiz Augusto Nóbrega Barroso; e Paulo Pedrosa, secretário-executivo do MME.
Os três nomes técnicos indicados para suceder Fernando Coelho Filho:
Quem é ‘melhor’ para o RenovaBio?
A definição do substituto de Coelho Filho, conforme apurou o JornalCana, caberá ao senador Romério Jucá (MDB-RO), líder do Governo no Senado.
Qual deve ser o nome escolhido para o MME com melhor aderência ao RenovaBio? Segundo as fontes ouvidas, o mais indicado é Márcio Félix. “Ele acompanha o RenovaBio desde o seu lançamento, em 14/12/2016 na sede do MME”, diz uma liderança do setor sucroenergético.
Félix acompanhou e acompanha cada passo da implementação do programa de biocombustíveis.
Na avaliação das fontes ouvidas pelo JornalCana, caso a escolha do sucessor de Coelho Filho seja pelo presidente da EPE ou pelo secretário-executivo do MME, é bem possível que também não haja ‘estragos’ ao processo de empreendimento do RenovaBio.
Isso porque, segundo essas fontes, Félix seria reconduzido ao cargo atual e, assim, continuaria porta-voz do MME no processo de implantação do programa.