Com o objetivo de capacitar técnicos e lideranças comunitárias que vão atuar nos projetos de dendê para produção de biodiesel na região Norte, será realizado de 21 a 23 de novembro, no Auditório do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA/AP, no Estado do Amapá, o seminário “A Cultura do Dendê no Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel”, com representantes de todos os segmentos envolvidos com a atividade. O evento é promovido pela Embrapa Amapá, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O uso do biodiesel já é uma realidade no Brasil e conforme o programa assinado pelo presidente Lula, em dezembro de 2004, será permitido o uso do combustível renovável na matriz energética brasileira a partir deste ano. Além de ser menos poluente e aumentar a vida útil dos motores, o biodiesel tem um caráter social. O objetivo do governo é incentivar a fixação do homem no campo.
Essa determinação tem despertado o interesse de vários produtores rurais em plantar dendê com essa finalidade. Mas, como se trata de um projeto complexo, o Ministério da Integração Nacional e a Embrapa estão promovendo seminários em todos os estados da Região Norte para esclarecer os interessados. Este seminário já foi realizado em Manaus (AM), na sede da Embrapa Amazônia Ocidental, cuja unidade dispõe de um plantio de 240 hectares de dendê e caiaué e onde será instalada, este ano, uma usina para produção de biodiesel de dendê; e em Porto Velho (RO).
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Em Macapá, participarão das discussões representantes da Embrapa, Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, INCRA, Banco da Amazônia, Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia – SETEC, Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico – SEDE, Instituto de Estudos e Pesquisa do Amapá – IEPA, Agência de Fomento do Amapá – AFAP, e o Instituto Militar de Engenharia (IME). O evento é uma realização da parceria entre a Embrapa, Ministério da Integração Nacional e a Embrapa Transferência de Tecnologia (Brasília/DF), através do Escritório de Negócios da Amazônia (ENA).
O evento terá como expositor o pesquisador Paulo César Teixeira e o técnico de nível superior Raimundo Nonato da Rocha (Embrapa Amazônia Ocidental – Manaus) e Wilma Gonzalez, pesquisadora do Instituto Militar de Engenharia (IME – Rio de Janeiro). Ela fará a apresentação dos projetos de biodiesel em desenvolvimento e discutirá a inserção da cultura do dendezeiro no Programa Nacional e Uso do Biodiesel.
AS VANTAGENS DO BIODIESEL – Os ensaios realizados com óleo de dendê, segundo as normas da Agência Nacional de Petróleo (ANP), mostram que o combustível de óleo vegetal (biomassa), tem um poder de poluição muito abaixo daqueles apresentados pelo diesel de petróleo, além de ter um índice de cetano bem acima do mínimo exigido por ela. Comparado ao óleo diesel derivado de petróleo, o biodiesel pode reduzir em 78% as emissões líquidas de gás carbônico, considerando a reabsorção pelas plantas. Além disso, reduz em 90% as emissões de fumaça e praticamente elimina as emissões de dióxido de enxofre.
