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Aluguel das linhas de transmissão fica mais caro

A entressafra da região Centro-Sul do país, iniciada em outubro último em algumas usinas e destilarias, será marcada não apenas por ser uma das mais longas do setor sucroenergético. O período, que deve ir até abril de 2012, será registrado também pela oficialização do Montante de uso do Sistema de Distribuição (MUSD) Flat aos produtores independentes de energia elétrica.

É que entra em vigor nesse ano o regulamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que uniformiza a cobrança dos encargos de uso do sistema de distribuição de energia.Na prática, usinas, destilarias e produtores independentes ligados ao setor terão, agora, de pagar o ano todo por encargos referentes ao uso do sistema de eletricidade. Até antes da entrada do regulamento, esses encargos eram negociados para o período de entressafra junto às distribuidoras.A incidência durante todo o ano começa a ocorrer porque a Aneel uniformizou a cobrança dos encargos de uso do sistema de distribuição para agentes de geração, caso dos cogeradores do setor sucronergético, que também utilizam os sistemas de distribuição para consumir energia durante parte do ano.

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“Perdemos o benefício contratual do Montante de uso do Sistema de Distribuição (MUSD) ser cobrado apenas no período de exportação de energia, agora, como determinado pela Aneel, passa a ser cobrado obrigatoriamente, mesmo durante a entressafra, este benefício, ao se efetivar o Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD) junto a distribuidora, foi facilmente conquistado, pois todo o custo da construção da linha de transmissão e mesmo o BAY de entrada de energia (localizado dentro da S.E. da distribuidora) foi assumido pela Ruette, em nosso caso, como usamos a Faixa de Servidão da companhia remodelamos e modernizamos até mesmo a antiga linha da Distribuidora, construindo um circuito duplo. O que esperamos da ANEEL, são medidas que estimulem e desonerem a cogeração através de biomassa, reconhecendo suas particularidades e benefícios perante outras fontes, de forma a retomarmos os investimentos em cogeração”, diz Antonio Eduardo Porto Ruette, diretor administrativo da Antonio Ruette Agroindustrial Ltda, com sede em Paraíso (SP). Leia matéria completa na Edição 23 da Revista Energia Mundo.